Com o apoio da OMS, o Governo da Guiné-Bissau inaugura um novo centro de tratamento de doenças infecciosas
No dia 22 de Abril, o Governo da Guiné-Bissau inaugurou um novo centro de tratamento de doenças infecciosas com potencial epidémico. O novo centro, trata-se do antigo pavilhão das doenças infecciosas do Hospital Militar Principal, que foi completamente reabilitado e renovado com fundos de emergência do Sistema das Nações Unidas mobilizados pela OMS. O montante desses fundos foi de mais de vinte e três milhões (23.000.000) francos CFA. A OMS disponibilizou também cinquenta e cinco milhões (55.000.000) francos CFA, para a compra de materiais e equipamento de Proteção Individual (EPI), que foram distribuídos pelas regiões. O novo centro de tratamento, vai também beneficiar desse equipamento.
O evento contou com a presença do Dr. Jean-Marie Kipela, Representante da OMS, do Dr. Dionísio Cumbá, Ministro da Saúde Pública, do General Sandji Fati, Ministro da Defesa e Combatentes da Liberdade da Pátria, do Dr. Ramalho Cunda, Director do Hospital Militar Principal, assim como dos Directores Gerais do Ministério da Saúde Pública, técnicos da OMS e do Hospital.
Para garantir uma gestão eficaz e segura do novo centro de tratamento, a OMS entregou igualmente equipamentos de proteção individual e outros materiais para Prevenção e Controlo de Infeções. Entre o material de alta qualidade doado, podemos encontrar: uniformes para os técnicos de saúde, pijama de doente, lençóis e fronhas, óculos de proteção, fato completo de proteção individual descartável, galochas, álcool-gel e contentores de lixo.
Na cerimónia, o Representante da OMS, Dr. Jean-Marie Kipela explicou que a inauguração do centro “insere- se no quadro da gestão das doenças com potencial epidémico em geral e mais particularmente da preparação para a febre hemorrágica, tipo Ébola que, como sabem, é uma doença de transmissão muito forte e com uma letalidade muito elevada”. Sublinhou ainda que o ano passado o vírus Ébola “assolou a vizinha República da Guiné, com alto risco de se espalhar para outros países vizinhos devido aos movimentos populacionais”.
Quando esta emergência de saúde pública foi declarada no ano passado na vizinha Guiné-Conacri, a OMS apoiou a Guiné-Bissau a adotar medidas preventivas, mais particularmente nas 7 regiões classificadas como de alto risco, nomeadamente Bafatá, Bijagós, Bissau, Bolama, Gabu, Quinara e Tombali. Foram organizados, exercícios de simulação de Ébola a nível nacional e em 5 regiões sanitárias, com o objetivo de identificar as lacunas em gestão e resposta a um eventual caso confirmado do vírus. A OMS entregou ainda testes de deteção rápida do Ébola, ao Laboratório Nacional de Saúde Pública. Nos dois surtos de Ébola (2013-2016 e 2021) que afectaram a África Ocidental, a Guiné-Bissau felizmente não conheceu nenhum caso desta doença.
Com a abertura deste novo centro de tratamento de doenças infecciosas com potencial epidémico, a Guiné- Bissau está agora melhor preparada para responder a potenciais epidemias, incluindo do vírus Ébola, numa estructura moderna com áreas de enfermaria e isolamento, garantindo assim a segurança dos funcionários e dos pacientes.
Para mais informações, contactar o escritório da OMS na Guiné-Bissau:
Av. Pansau Na Isna, frente ao Hospital “Simão Mendes”, Cx. Postal 177 Bissau CODEX 1001 email: malmeida [at] who.int (malmeida[at]who[dot]int ), tel.: + 245 95 6092 80